Acordei chorando, enquanto viajava entre os sonhos. A sensação de perda era profunda dentro de mim. Me virei, levantei e depois me sentei, não tem para onde ir.
Seria a fuga minha escolha? Quando quero fugir do que está dentro de mim.
Não encarar a dor é besteira, a falta que faz é passageira.
O tempo leva a dor e deixa a saudade, e assim, segue a vida para todos que a rodeia.
Assiste ao jornal e tome um café.
Chore no sofá, olhe o amanhecer.
O que fazer a não ser fazer?
Eu choro e olho para o outro que está chorando.
O sentimento em mim, não é melhor que o seu.
O abstrato, o pronfundo, o bom, o cruel.
O suspiro que dei, deixou vazar um pouco da minha alma.
Qualquer som que escuto eu vejo aquele-que-amo-e-se-foi.
Um suspiro, um sussurro, uma dor e um absurdo.
A morte leva a carne, mas não leva o espírito, ele vive aqui, dentro de nós, e todos levaram um pouquinho de cada um.
Somos todos um.
Não somos ninguém.
Meus sentidos ainda me decepcionam.
Onde olho, te vejo. E toda vez que realmente não vejo o meu coração se parte e meus olhos vazam.
A dor já não é tanta.
Não voltei a me deitar.