Esse mundo em que habito, tem longos rios rubros e grossos onde infinitos seres habitam.
A terra está cada vez mais podre, se abrem feridas eruptas e se transforma em carne viva.
As poucas florestas que há são todas escuras e secas.
Esse mundo está morrendo, está cheio de tumores e escuridão.
O sol que o cerca perde o brilho.
Por dentro onde deve ser fértil está cheio de bolhas.
Esse mundo em que habito, nasceu fadado a morte.
Pequeno e finito está doente há tempos, o sol está cada vez mais escuro.
O mundo é o corpo e o corpo sangra.
O mundo é o corpo e o corpo tem alma.
A alma do corpo está sedenta de algo.
Onde está o alimento que ela espera?
O corpo é o mundo.
O mundo está morrendo.