Lembro-me uma vez, era eu criança na idade de dez anos, ou nove? Não me lembro bem ao certo, lembro-me que minha professora, uma mulher conservadora, religiosa, tradicional escreveu no quadro “A mulher deve ser submissa ao homem”. Lembro-me bem, na época eu perguntei o significado de “submissa”, eu pensei quando obtive a resposta, “Não sou submissa, nem minha mãe”. Ela que me fez gostar tanto da natureza quanto gosto. Plantou um pau-brasil, revezavam para quem o regaria no dia. Uma vez o reguei, passei esses dias por lá e vi o quanto cresceu, não estaria lá se ela não houvesse plantado e ensinado aos alunos sobre ele, a história, a tragédia, me marcou e ajudou a fazer ser quem sou, ao menos uma parte, deixou uma marca. Enfim, ela não era uma mulher muito submissa.